O amor é...

Amar alguém em forma humana é muitas vezes amar o reflexo de si próprio que essa pessoa lhe oferece.

A forma como nos tratam reflecte o que sabemos que é o amor. Mas, o que é que nós sabemos que é o amor? O significado pleno do amor?

Será que sabemos verdadeiramente o que é o amor incondicional?

Qual é a sensação?

É que, numa relação, escolhemos muitas vezes parceiros que nos espelham o que APRENDEMOS que o amor é, e não o que ele é verdadeiramente.

Por isso, parece amor.

Parece amor.

Mas isso é diferente do que o amor realmente é.

Aprendemos a amar através dos nossos pais, do amor que eles nos deram, da forma como vimos a relação dos nossos pais desenvolver-se enquanto crianças, tornando-se muitas vezes o modelo para as nossas relações enquanto adultos. 

Até mesmo observar a forma como os nossos pais se amavam a si próprios se torna, muitas vezes, a forma como aprendemos a amar-nos a nós próprios.

As crianças imitam para aprender através da experiência.

Então, qual é realmente o verdadeiro significado do amor?

Amor incondicional?

Amor sem condições.

Isto é difícil de entender.

De facto.

Quando nos aprofundamos no assunto, permitimos que as emoções que sentimos em relação a uma pessoa flutuem com base nas suas acções.

Revogamos o amor quando alguém diz ou faz algo que nos magoa ou perturba.

"O amor não tem limites."

Exceto, quando escolhemos o amor, não a pessoa, não a relação...

Mas quando escolhemos o próprio amor!

Dedicarmo-nos totalmente ao amor.

Quando praticamos a arte do amor, perseguindo-o acima de tudo, uma e outra vez, e outra e outra vez...

Tornamo-nos a encarnação do amor.

O amor é uma energia que flui através de nós, é algo que nós somos.

O amor não é algo que tenhamos, nem é algo que possamos reivindicar.

Começa quando escolhemos o amor.

Radicalmente. Sem remorsos.

Quando escolhemos amar-nos primeiro a nós próprios, abrirmo-nos à força sempre presente do amor que anseia por fluir através de nós e nos envolver, esse amor incondicional de Deus, da Deusa, do Universo, tornamo-nos unos com o amor.

A ÚNICA pessoa que pode tirar isso de ti, és tu.

O que significa para si escolher o amor?

Como pode escolher o amor hoje?

E é difícil, acreditem.

Quando passámos anos a correr em círculos de amor condicional e "eles vão amar-me se..." ou "eu vou amá-los desde que..."

Por vezes, escolher o amor significa afastar-se do que pensa que quer, de quem quer e apostar em si próprio.

Significa ouvir o seu corpo, o seu coração, o seu útero/hara, a sua alma e confiar NELE em vez da lógica da sua mente e das histórias que contou a si próprio sobre o que quer que seja.

Significa aparecer em pleno e dizer: "Eu escolho o amor".

Amar é fundir-se com tudo o que existe.

O significado pleno do amor é lembrarmo-nos da nossa integridade.

A unidade dentro de si que se funde com todo o universo.

Dissolver-se nas estrelas. Tornar-se um com elas. Sem separação.

Derreter-se na música até não conseguir dizer onde começa e acaba o seu corpo, um fluxo infinito de harmonia e sinfonia. Um êxtase total.

Fundir-se com os outros. Não ver nenhum outro como separado de si, simplesmente um reflexo dos aspectos que vivem dentro de si, da sua consciência, da consciência colectiva, que é você.

Eles são tu, e tu és eles.

O que condenamos nos outros, vive também dentro de nós.

Quando conseguimos ver, com humanidade, que somos todos iguais, encontramo-nos em compaixão, alegria, curiosidade, de olhos bem abertos, bebendo tudo, porque tudo e todos são expressões do divino.

Tudo o que existe é uma expressão de um fractal dentro de si.

Tu és tudo e nada ao mesmo tempo.

Deixe que a pulsação do amor do coração pulsante do universo flua através de si num momento.

Mesmo quando se é atingido pela dor, permitir que ela o abra, deixando até o mais pequeno espaço para o amor entrar.

Como é que nos podemos deixar penetrar mais profundamente pelo próprio amor? Sobretudo nos nossos momentos mais negros?

O amor é tudo.

O amor está dentro de ti,

que flui através de ti.

O amor é tu.

Nunca esteve fora de ti, doce alma, esteve sempre dentro.

Já é vosso.